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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

" JÁ QUE NOSSO SENHOR DO BOM FIM É OXÁLÁ NO SINCRETISMO RELIGIOSO PORQUE OS BISPOS E PADRES DA IGREJA CATÓLICA NUNCA VÃO ÀS ÁGUAS DE OXÁLÁ NOS TERREIROS!? PENSE NISSO! Ògan Luiz Alves- DF


" JÁ QUE NOSSO SENHOR DO BOM FIM É OXÁLÁ NO SINCRETISMO RELIGIOSO PORQUE OS BISPOS E PADRES DA IGREJA CATÓLICA NUNCA VÃO ÀS ÁGUAS DE OXÁLÁ NOS TERREIROS!? PENSE NISSO! Ògan Luiz Alves- DF


Vamos deixar bem claro que: " A tradição ocorre devido a imposição da igreja católica de que @s dirigentes das religiões de matriz africana deveriam prestar honrarias aos santos católicos para que continuassem a poder cultuar nossos Orixás, Voduns e Inkisses, surgindo daí o sincretismo religioso. Muitos dirigentes de templos deveriam levar seus iyáwos para receberem a água benta aspergida pelo padre como uma forma de submissão ao sistema religioso dominante, o cristianismo via catolicismo. Hoje já não temos mais que recorrer a tal tradição pois entendemos muito bem que Nosso Senhor do Bonfim não é Oxálá, que Cristianismo é Cristianismo e Candomblé é Candomblé e que o culto aos nossos Orixás é muito anterior ao cristianismo, então não tem como Oxálá ser Cristo. Ainda hoje sofremos e vivemos as influências de uma era de dor e preconceito e total aniquiliação da cultura afro. Esta foto me diz muita coisa como a total submissão de uma parcela da comunidade afro religiosa a um sistema opressor. Como sempre fica aqui uma pergunta: " JÁ QUE NOSSO SENHOR DO BOM FIM É OXÁLÁ NO SINCRETISMO RELIGIOSO PORQUE OS BISPOS E PADRES DA IGREJA CATÓLICA NUNCA VÃO ÀS ÁGUAS DE OXÁLÁ NOS TERREIROS!? PENSE NISSO! Ògan Luiz Alves- DF

As Águas de Oxalá é um rito de renovação do Ori, em reverência ao Orixá da criação. A característica específica desse ritual é a presença da cor branca interagindo nas vestes dos participantes e nos objetos. O colorido dos panos da costa cede lugar ao branco, a cor africana ligada aos rituais de nascimento e morte. Do portão de entrada do terreiro até a porta do barracão e demais dependências, é estendido sobre as cabeças uma peça ou mais de trunfa branca, cobrindo como um teto os orís de todos. Na maioria das casas, o ritual começa na madrugada da sexta-feira com a confecção do baluwê (pequena cabana feita com bambús e de folhagens de coqueiros), que servirá como assento de Oxalá . Começará então a procissão de ir no rio pegar água fresca, cada um com sua quartinha sobre seus orís para depois levarem até a cabana de Oxalá e lá a Ialorixá ou Babalorixá estará esperando todos e em ordem hierárquica, receberá as quartinhas com água e lavará o orí de cada um. Esse ritual é feito em todos que se encontrarem na casa, abians, iniciados e visitantes, sem exessão, o orí se renova.  São feitas três viagens ao rio, e, na terceira, a água não é mais derramada, ficando todas as quartinhas cheias depositadas no baluwê, sendo colocada uma cortina branca na porta e uma esteira no chão. Cada pessoa que chega bate cabeça em sinal de reverência. Depois dessa cortesia, a Ialorixá ou Babalorixá, juntamente com todos os seus filhos, começa a cantar uma saudação para Oxalá :

Babá êpa ô
Babá êpa ô
Ará mi fo adiê
Êpa ô
Ará mi ko a xekê
Axekê koma do dun ô
Êpa Babá

Depois de cantada essa saudação, todas as pessoas pertencentes à Oxalá são por ele manifestadas e vão até o baluwê, fazendo ali determinadas reverências e cumprimentam a todos, agradecendo o sacrifício daquele dia e rogando a Oduduá para abençoar a todos.

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