Francisca Luciene da Silva
Iyá Temi Luciene de Oyá,
é natural do município de João Câmara, local onde viveu até a idade
adulta. Aos doze anos de idade, “seguiu o rumo do vento, ouvindo o som
dos tambores” e chegou a uma casa de umbanda, dirigida por dona Raimunda
Francisca, Bibi, como é conhecida naquela cidade, por lá ficando cerca
de dez anos. Iyá Luciene vinha de uma família onde o pai era espírita,
com pessoas umbandista na família e, pelo lado materno, uma orientação
extremamente católica. Como gosta de destacar, no princípio não foi
fácil, mas o acolhimento recebido na casa de Bibi e a resposta positiva
para sua saúde, fez com que a família entendesse seu caminho.
Com
o tempo, casou, formou família e veio morar em Natal. Na cidade
conheceu e passou a frequentar o centro de Zé Maria de Oyá, no bairro do
Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na grande Natal. A iniciação, na
nação jeje, foi com Oyá Tougun e a renovação na mestria foi para a
mestra Maria da Virada e Mineiro Velho.
Em
1998 fundou sua própria casa, o Ilè Asé Ogbéòtògundá, no bairro de
Nossa Senhora da Apresentação, zona norte da cidade de Natal, na qual
além de desenvolver suas funções religiosas, realiza ações sociais com
atendimento a população da comunidade.
Nos
ultimos anos tem participado ativamente dos movimentos sociais, em
especial àqueles voltados para as questões religiosas e étnicas. Foi uma
das fundadoras do Fórum de Religiosos de Matriz Africana do estado do
RN, do qual participa, como também integra o Fórum de Educação para a
diversidade étnica- racial do RN e a Comissão de terreiros de umbanda e
candomblé do RN. Diretora de projetos da Rede Mandakaru RN e Yalorixá
dirigente do Centro de Educação, Cultura e Sustentabilidade Ojôloyá, uma
das ações do seu Asé.
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